RESTINGA MUSICAL

Este modesto espaço tem como objetivo permitir que um apaixonado por música compartilhe seus gostos e reflexões sobre o mundo musical com seus amigos e visitantes.

segunda-feira, dezembro 25, 2006

ÁLBUNS OBRIGATÓRIOS

Depois de uma longa ausência, já estava mais do que na hora de atualizar este blog. Os compromissos profissionais tornaram impossível escrever todos os textos que eu gostaria. Mas, agora que as férias chegaram, vamos sacudir a poeira e as teias de aranha que se acumularam por aqui. Para voltar em muito boa companhia, teremos mais um exemplar da coluna “Álbuns Obrigatórios”. Hoje seremos acompanhados por um “casal” de peso da música internacional, cada um com seu estilo único.

DAVID BOWIE - HEATHEN

Antes do ano de 2002, o eterno camaleão do rock, David Bowie, certamente não era um nome lembrado nas listas de maiores sucessos fonográficos daquele momento. Muitos críticos e fãs já davam sua carreira por encerrada. Seria mais um daqueles artistas a viver de seu passado glorioso e lançar sucessivas coletâneas de Greatest Hits. Entretanto, o lançamento, em 2002, do antológico álbum “Heathen” alterou completamente este panorama.
Na verdade, o álbum anterior, “Hours...”, já havia provado que o camaleão tinha recuperado a boa forma e a inspiração, mas não tinha sido notado pelo grande público. “Heathen” trouxe Bowie novamente para o topo das listas de sucesso, principalmente por causa da lindíssima canção “Slow Burn” com solos de guitarras orgásticos , o vozeirão de Bowie e um clima levemente sombrio. Um sucesso imediato e merecido.
Obvio que este hit não é a única grande canção do CD. Seria impossível apontar uma faixa do disco que seja apenas boa ou regular. Trata-se de uma seqüência de 12 obras-primas. Algo que , talvez, não tenha ocorrido nem na fase áurea do cantor nos anos 70. Ousaria dizer que Heathen possivelmente é o grande álbum da carreira deste inigualável cantor. Canções inesquecíveis como “Sunday”, “Slip Away”, “Afraid”, “I would be Your Slave”, “Everyone says “hi” e “Heathen” comprovam as minhas ousadas afirmações. Um álbum realmente imperdível, tanto para quem conhece o camaleão, quanto para aqueles que pretendem se iniciar no universo da música de David Bowie.


MADONNA - CONFESSIONS ON A DANCE FLOOR

Não é segredo para aqueles que me conhecem que gosto mais de rock do que música dançante. Mas isso não é uma regra geral. Quando escuto um grande álbum DANCE, que me faz ter vontade de sacudir o esqueleto(fico só na vontade, pois danço tão bem quanto uma pedra), sei reconhecer suas qualidades e reverenciar o seu realizador.
Muitos também já estavam considerando Madonna uma carta meio fora do baralho no mundo pop e dançante. Afirmavam que a cantora estava num decrescente. É obvio que ela nunca parou de lançar discos, com pelo menos duas ou três músicas nas paradas de sucesso. Isso não era o suficiente para certos críticos, que já a consideravam meio ultrapassada. Como estavam enganados!
Neste ano de 2006, a rainha pop lançou um álbum altamente dançante e de excelente qualidade, fugindo de toda esta baboseira de Byonce e suas clones. Com uma matiz musical totalmente diferente do HIP HOP, que é exposto de forma massificada na mídia atual(causando certo enjôo), Madonna fez um disco antológico e histórico em sua carreira. Não se trata mais daquela coisa de 2 ou 3 faixas para fazer sucesso e sim um álbum inteiro de belíssimas e criativas canções dançantes. Destacando-se os hits imediatos “Hung Up”, “Get Together”, “Sorry” e “Jump”, além de outras tão boas ou melhores, como “Forbidden Love”, “Isaac” e “Push”. É ouvir e dançar, mas também é bom para quem gosta apenas de ouvir boa música.

Ps: Aguardem no final de semana um balanço musical do ano de 2006.